No fim do século XV e início do XVI, as descobertas geográficas, as novas invenções e a consolidação dos estudos científicos, em lugar dos filosóficos, marcaram o final da Idade Média. Nascia uma nova era na qual os homens descobriram de novo os valores da razão, de realidade e a natureza. Livre dos preconceitos e temores medievais, favorecida por um período de relativa paz, a cultura tornava e enamorar-se das belezas do classicismo grego e romano. A gente percebia, como por encanto, que a vida era bela e merecia ser vivida intensamente. Foi assim que os prazeres do espírito e o refinamento do gosto estético dominaram uma época única na história: a Renascença.
Como todas as demais artes, a arquitetura traduziu em obras de incomparável beleza o espírito da Renascença. Fusão harmoniosa de formas medievais e clássicas, a arquitetura renascentista adquiriu elegância, solenidade e força. Sua lei fundamental foi o estudo racional da realidade, na qual não havia lugar para os enfeites excessivos porque imperavam as leis da perspectiva, criadoras de ordem e proporção entre as diferentes partes, da harmoniosa elegância e de pureza de linhas.
A Renascença assinalou o começo da Era Moderna, expressando numa síntese estética jamais igualada todas as perfeições que o gênio humano produzira até então.
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