07/10/2012

Por que do gótico de passou ao gótico flamejante?


As selvas de colunas de linhas verticais, a abundância de janelões e rosáceas, o predomínio das abóbadas e arcos ogivais são os elementos característicos do estilo gótico.
 Tão grande era o desejo dos arquitetos de construir formas etéreas, que mais de uma vez se derrubaram as edificações antes de terminadas. Contudo, o novo estilo tinha conseguido firmar-se, havia ganho a batalha. Até a chegada da arte renascentista e depois inclusive, o estilo gótico continuou a expressar-se em toda a Europa em obras imortais.
 Porém, como costuma acontecer com os empreendimentos humanos, à medida que o tempo passava, o estilo evoluía: em seu desejo de atingir a beleza acabou caindo no rebuscado e no volúvel. Aos poucos, o lugar reservado à inspiração no espírito do artista foi ocupado pela fantasia carente de vínculos. Nasceram assim obras nas quais a busca dos enfeites e do virtuosismo degenerou num abuso de elementos decorativos que não raro caíam no exagero e no artificioso. Daí a definição de gótico flamejante que se aplica a esta forma  de interpretar os motivos originais de inspiração. E, o mais curioso é que, justamente quando adquiria formas mais refinadas, ocorreu a decadência deste estilo que, no princípio e com evidente intenção depreciativa, tinha sido batizado com o nome de gótico, quer dizer, bárbaro.

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