19/10/2012

As múmias


Sabemos hoje que o clima seco e as propriedades do solo egípcio serviam para conservar os mortos. Eles eram esterrados em covas rasas. Com o tempo e a ação dos ventos, muitas delas se abriam, mostrando seus mortos bem conservados (múmias naturais). Como acreditassem na imortalidade da alma e na vida além-túmulo, os egípcios passaram então a colocar objetos e alimentos na cova para uso do morto no outro mundo. Conforme as poses ou posições do falecido, as covas foram ficando cada vez maiores. Tornou-se comum fazer uma réplica de sua casa com todos os aposentos, mas então os cadáveres, sem o contato preservador da areia, tiveram que ser embalsamados (múmias artificiais).
 O objetivo da mumificação era preservar o corpo e perpetuar a identidade pessoal do morto. Após o embalsamamento e antes do enterro, as múmias eram objeto de cerimônia religiosas para "abrir a boca", ou seja, a reanimação delas para a outra vida.
 Nenhum povo acreditou tanto na vida além-túmulo como o egípcio, nem gastou tantos recursos na preparação para ela. O costume de mumificação perdurou durante muito tempo e sua prática só foi deixada após a invasão árabe no século VII da era cristã.

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