26/10/2012

Uma história cheia de gatos


O gato doméstico foi o primeiro animal de estimação adotado pela espécie humana. A história de sua primeira associação com o homem ainda pode ser encontrada nos monumentos do Egito antigo, contada em hieróglifos - forma egípcia de escrever com figuras e símbolos.
 No Egito dos faraós, o gato era tido e adorado como uma divindade. Quando morria um bichano, dedicavam-lhe cerimônias fúnebres dignas de um rei. Com divindade, o gato era o "enunciador de grandes palavras". Atentar contra a vida de um gato era um crime grave punido com a pena de morte. Havia até uma cidade inteira - Bubastis - dedicada à veneração desse animal, onde se realizava, todo ano, o festival do gato. De todas as direções acorriam peregrinos para o festival, onde amuletos e objetos como figuras de gatos eram vendidos e quantidade.
 Também na antiga Índia o gato era sagrado e associado com poderes sobrenaturais. A literatura sânscrito refere-se frequentemente ao gato e à sua influência no homem.
 Na Europa medieval,  gato caiu em desgraça. Ele, que por séculos fora adorado como uma divindade, não só deixou de ser considerado sagrado, como passou a ser perseguido como tendo parte com maus espíritos. Para isso concorria o seu comportamento independente, reservado e misterioso. Muitos gatos - especialmente os pretos, associados com magias noturnas - foram perseguidos como portadores do mal ou sacrificados como demônios, acusados de desgraças e calamidades com as quais nada tinham a ver, como se eles fossem os culpados de todos os males do mundo. Caçadores de bruxas caçavam também gatos. Acreditavam que os gatos podiam falar a linguagem de suas donas. O gato de estimação da feiticeira inglesa Moll White (século XVIII) tinha fama de pronunciar palavras em inglês. Também consta que o rei Henrique III da Inglaterra temia tanto o gato que costumava desmaiar à vista de um.
 Até hoje esse temor do sobrenatural em forma de gato perdura na crença popular. Nos contos e fábulas há muitos gatos misteriosos, como o Gato Risonho de Alice no País das Maravilhas.
 Muita gente interpreta como mau agouro o fato de um gato preto cruzar seu caminho.

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