09/06/2012

Arte Óptica


 No início da segunda metade deste século, os grandes centros urbanos já estavam recuperados dos danos causados pela Segunda Guerra Mundial, a  indústria já com sua capacidade de produção redobrada e neste contexto social ganha força a expressão artística conhecida como Op-Art, uma abreviatura de  Optical Art ou ainda Arte Ótica.  O termo foi usado pela primeira vez em 1964 na revista americana Time e relaciona-se com sensações puramente visuais. Normalmente a crítica considera a Op-Art uma derivação da Arte Cinética (esculturas movidas a motores, a mão e posteriormente correntes de ar) pois as pesquisas de sugestões do movimento a partir das sensações ópticas desenvolveram-se principalmente na década de 60.
        É um tipo de pintura, desenho ou obra tridimensional  que se apoia nos estudos da percepção visual.  Apresentam diferentes figuras geométricas, em preto e branco (melhores obras) ou coloridas que  combinadas de tal forma  provocam no espectador as sensações de movimento,  suas  cores e  formas se movem pelos efeitos óticos  (as cores com freqüências de ondas muito distantes não são captadas simultaneamente pelo olho humano, ocorre então uma excitação e a acomodação da retina, dando sensação ótica de movimento rápido da superfície) permitindo ao espectador participar efetivamente, tendo uma ilusão de movimento. Além disso, se o observador mudar de posição, terá a impressão de que a obra se modifica, os traços se alteram e as figuras se movimentam formando um novo conjunto pictórico.
        A obra não é vista como reflexão sobre a vida, mas uma ação sobre a vida. Transmitindo sentimentos em simples fenômenos físicos da percepção visual ou em puras sensações óticas sem pretender interpretações subjetivas da natureza e do homem. Enfim, trata-se de uma arte que, da mesma forma que a vida contemporânea está em constante alteração.
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